E eu me encontrei tanto em mim mesma que, no final, acabei me perdendo de mim.
Quando dei-me de cara comigo mesma, nem me reconheci. Sequer não me conheci.
Não me conhecia. Eu nunca havia sido quem eu queria ser.
Eu não sabia quem eu era. Nem se era.
Até hoje não sei.
Passei grande parte do tempo tentando me desencontrar. Fugia de mim. Corria desembestada para longe de meus próprios desejos, de minhas intuições.
Mas um dia eu resolvi por bem de minha sanidade, e por uma certa curiosidade, me ser.
E me fui. Me encontrei. Destemi-me.
Quando eu finalmente me tornei aquilo que meu coração me mandava ser, e, por uma certa disciplina e respeito ao próximo eu não me dava o luxo de ser, eu me encontrei. Mas fiquei completamente perdida.
Me encontrei com aquilo que sempre me foi abstrato: eu mesma.
Presenteei-me com o mais sonhado dom e vocação do Homem: a Liberdade.
Me perdi com o presente. A Liberdade me assustou. Não sabia lidar com ela.
Desencontrei-me de mim. Nem sabia mais como lidar com aquilo que eu era.
Ao me encontrar com aquilo que eu realmente prometia ser a mim mesma, com aquilo que eu sonhava ser, com a Liberdade de me ser, me perdi. Estava acostumada do jeito passiva que sempre fui.
Intensa e insensata, como meu coração sempre sentia ser, eu não sabia como ser.
Eu não sabia como agir! Meu antigo ser controlador queria me bloquear, me contestava, me impedia, me proibia.
E eu continuava impulsiva me sendo loucamente.
O que fazer comigo?
Quis o mais rápido possível me acorrentar novamente à mim, mas já era tarde. O sabor da Liberdade é viciante. Uma droga que quando experimentada pela primeira vez já causava vício. Por que deixar de ser aquilo que eu sempre quis, não é mesmo? Já havia jogado as correntes fora à muito tempo. Não há como voltar atrás quando se ganha a Liberdade.
Principalmente a de se ser.
Mas o que se fazer quando se tem a Liberdade, e não se sabe utiliza-la?
De que adianta?
Me perdi. Eu não sabia me ser.
Não sabia me controlar, só queria ser, ser, ser, ser. Ao mesmo tempo que queria me controlar e me esquecer, tinha a curiosidade de saber o que era aquela centelha na verdade.
Perdido e encontrado se encontram. E eu estava perdida, sem saber como separá-los.
O vitorioso: eu. O perdedor e, à morte: eu.
Eu, contra mim mesma.
Desanimada, concluí que tanto fazia. Dei de ombros e não fui ninguém!
E me encontrei novamente, decidida.
Decidi me ser, apenas,confiar em mim. Nada mais.
Continuo sendo em paz.
Bem, não tão em paz assim.
domingo, 27 de março de 2011
Coisas
Coisas que instigam:
- Ocultismo
- Sexo
- Uma placa de “Não Pise na Grama”
Coisas que desanimam:
- Um domingo de chuva
- Um “não” bem dado
- O espaço entre o Final e o Início
Coisas que todos possuem:
- Dores
- Pintas
- Sonhos
Coisas irrevogavelmente fofas:
- Andar de mãos dadas
- Ursos
- Bochechas do Tom Kaulitz
Coisas perdoáveis se roubadas:
- Comida
- Livros
- Flores
Coisas que as pessoas detestam ganhar:
- Meias
- Sabonetes
- Um sorriso falso
Coisas irritantes:
- Respiração
- Mastigação
- Moda
Coisas fúteis que todos adoram:
- Falar da vida alheia
- Bichos de pelúcia
- Assinaturas
Coisas maravilhosas:
- Ver as letras se juntando para formar uma palavra
- Acreditar
- E não desistir
Coisas que jamais vamos entender:
- A razão de se aprender Álgebra
- O sentido da vida
- Peixes em um aquário
- Ocultismo
- Sexo
- Uma placa de “Não Pise na Grama”
Coisas que desanimam:
- Um domingo de chuva
- Um “não” bem dado
- O espaço entre o Final e o Início
Coisas que todos possuem:
- Dores
- Pintas
- Sonhos
Coisas irrevogavelmente fofas:
- Andar de mãos dadas
- Ursos
- Bochechas do Tom Kaulitz
Coisas perdoáveis se roubadas:
- Comida
- Livros
- Flores
Coisas que as pessoas detestam ganhar:
- Meias
- Sabonetes
- Um sorriso falso
Coisas irritantes:
- Respiração
- Mastigação
- Moda
Coisas fúteis que todos adoram:
- Falar da vida alheia
- Bichos de pelúcia
- Assinaturas
Coisas maravilhosas:
- Ver as letras se juntando para formar uma palavra
- Acreditar
- E não desistir
Coisas que jamais vamos entender:
- A razão de se aprender Álgebra
- O sentido da vida
- Peixes em um aquário
O Pedido, o Conselho e a Ameaça
O PEDIDO:
Por favor, cuide do coração que eu te dei.
O CONSELHO:
Saiba que receber um coração, de quem quer que seja, é uma honraria. Principalmente vindo de minha parte. Não sou de sair distribuindo coração para qualquer mortal... Confesso que, às vezes, ele é roubado, mas eu protesto, e pego de volta. E os únicos que o roubaram e não devolveram cuidam dele muito bem, por sinal.
Mas voltando às honras, saiba que se eu lhe dei meu coração foi porque você mereceu de fato. Você é digno de cuidar de um coração. Logo, peço que você cuide muito, mas muito bem dele. Ele é sensível. Ele é desconfiado. Desculpe. É uma defesa.
Trate-o com carinho, paciência e compreensão assim como eu trato o seu. Tem de ser recíproco.
Não jamais o veja como um troféu! Não é apenas um coração. Ele ama. E precisa ser amado. Não é um objeto que se ganha. É um coração. É Amor que se ganha. É uma questão de honra ganhar um coração, e não de vitória.
Ele também não foi dado para ser dominado. Ele tem o direito e o dever de sentir o que quiser, a emoção que sua razão bem entender, sabe-se lá quais são as razões de um coração, se é que elas existem... Principalmente um que bate livre, no ritmo que bem quer. O meu coração quer muito, muito mesmo viver ao seu lado, mas livre. Ele tem esse direito e esse dever. E eu tenho também. Você também tem.
Por último, mas não menos importante, não use meu Amor como um válvula de escape! Não extravase suas dores e nem busque curas para elas nele. Esse é o caminho perfeito para a decepção. Não use minha boa vontade contra mim. Esse é o caminho perfeito para minha autodestruição.
Encare os relacionamentos como uma brincadeira divertidíssima do Destino, como um complemento à Felicidade, não a própria. Fica mais divertido assim. Fica mais fácil assim.
É uma questão de honra cuidar do meu coração, ele que já sofreu tanto...
Eu e ele queremos amar em paz apenas...
A AMEAÇA:
A verdade é que meu coração quer muito te amar. Ele já te ama, mas pode amar mais, com todas as forças se você trata-lo devidamente como merece. Senão, a solução é simples.
Eu o tomo de volta, e não devolvo nunca mais!
Por favor, cuide do coração que eu te dei.
O CONSELHO:
Saiba que receber um coração, de quem quer que seja, é uma honraria. Principalmente vindo de minha parte. Não sou de sair distribuindo coração para qualquer mortal... Confesso que, às vezes, ele é roubado, mas eu protesto, e pego de volta. E os únicos que o roubaram e não devolveram cuidam dele muito bem, por sinal.
Mas voltando às honras, saiba que se eu lhe dei meu coração foi porque você mereceu de fato. Você é digno de cuidar de um coração. Logo, peço que você cuide muito, mas muito bem dele. Ele é sensível. Ele é desconfiado. Desculpe. É uma defesa.
Trate-o com carinho, paciência e compreensão assim como eu trato o seu. Tem de ser recíproco.
Não jamais o veja como um troféu! Não é apenas um coração. Ele ama. E precisa ser amado. Não é um objeto que se ganha. É um coração. É Amor que se ganha. É uma questão de honra ganhar um coração, e não de vitória.
Ele também não foi dado para ser dominado. Ele tem o direito e o dever de sentir o que quiser, a emoção que sua razão bem entender, sabe-se lá quais são as razões de um coração, se é que elas existem... Principalmente um que bate livre, no ritmo que bem quer. O meu coração quer muito, muito mesmo viver ao seu lado, mas livre. Ele tem esse direito e esse dever. E eu tenho também. Você também tem.
Por último, mas não menos importante, não use meu Amor como um válvula de escape! Não extravase suas dores e nem busque curas para elas nele. Esse é o caminho perfeito para a decepção. Não use minha boa vontade contra mim. Esse é o caminho perfeito para minha autodestruição.
Encare os relacionamentos como uma brincadeira divertidíssima do Destino, como um complemento à Felicidade, não a própria. Fica mais divertido assim. Fica mais fácil assim.
É uma questão de honra cuidar do meu coração, ele que já sofreu tanto...
Eu e ele queremos amar em paz apenas...
A AMEAÇA:
A verdade é que meu coração quer muito te amar. Ele já te ama, mas pode amar mais, com todas as forças se você trata-lo devidamente como merece. Senão, a solução é simples.
Eu o tomo de volta, e não devolvo nunca mais!
O Melhor Jeito
Já ouvi muita gente dizer que o melhor que se há de fazer quando se quer mudar é encontrar uma nova direção.
Outras pessoas dizem que encontrar um destino é de fato o melhor jeito de mudar nossas vidas...
Pessoalmente, eu acredito que o melhor jeito de mudar é mais fácil que tudo isso. Não é necessário encontrar um destino, sequer uma direção...
O melhor jeito de mudar é simplesmente não ficar parado.
O melhor jeito de mudar é não se acomodar com o orgulho, esses dogmas que criamos para impedir a nós mesmos de sermos o que somos, por alguma proibição sabe-se lá de quem ou do quê ou porquê.
Temos de seguir em frente, sem medo de magoar o que nos foi uma verdade incontestável no Passado. Seu próprio nome já diz, já passou. Não se deve ter vergonha dele. Não peça licença e ultrapasse-o. Não se estacione!
Temos de seguir em frente, sem medo de vivenciar o Presente. Seu próprio nome já diz, o Presente é um presente. Aproveite cada milésimo de milésimo de segundo, sejam eles de luta ou de glória. O presente sempre serve para alguma coisa.
Temos de seguir em frente, sem medo do Futuro. Seu próprio nome já diz, o Futuro é sinônimo de o que há de se suceder depois do Presente. O Futuro é uma nova chance que nos é dada de presente. O Futuro é Agora.
O melhor jeito de mudar é ousar mudar ao lançar-se o desafio de superar ninguém menos do que a si mesmo, meu caro. Assuma os defeitos, não discuta tanto consigo.
Não podemos ser questões de vida ou morte para nós mesmos. Temos que ter urgência apenas em ter consciência de nossas próprias limitações, para que um dia possamos destruir a todas elas.
É proibido temer a si mesmo. As intuições não acontecem por acaso.
Tal como fome ou sede, transgredir é uma condição humana. Devemos ser humildes o suficiente para que possamos aceitar essa infinita necessidade de transgredir a nós mesmos. Essa incessável necessidade de mudar.
Aceitar e acreditar na possibilidade e no poder de melhora que uma mudança pode causar, seja ela boa ou ruim, já é não ficar parado.
A necessidade de querer ser algo melhor já é não ficar estagnado. Pode ser difícil no começo, mas um dia nos acostumamos. E quando começarmos a nos acostumar já era hora de mudar de novo. O Medo é uma defesa contra perigos, porém existem milhares de receitas contra as dificuldades da vida, sendo que nenhuma delas é comprovada. E dificuldade após dificuldade, desafio após desafio são coisas que nos transformam, nos mudam, nos melhoram.
Ficamos tanto tempo estagnados buscando uma direção ou um novo destino para nossas vidas que acabamos por esquecer do principal: seguir em frente.
O melhor jeito de mudar é encontrar uma nova direção e um novo destino todo o dia.
Outras pessoas dizem que encontrar um destino é de fato o melhor jeito de mudar nossas vidas...
Pessoalmente, eu acredito que o melhor jeito de mudar é mais fácil que tudo isso. Não é necessário encontrar um destino, sequer uma direção...
O melhor jeito de mudar é simplesmente não ficar parado.
O melhor jeito de mudar é não se acomodar com o orgulho, esses dogmas que criamos para impedir a nós mesmos de sermos o que somos, por alguma proibição sabe-se lá de quem ou do quê ou porquê.
Temos de seguir em frente, sem medo de magoar o que nos foi uma verdade incontestável no Passado. Seu próprio nome já diz, já passou. Não se deve ter vergonha dele. Não peça licença e ultrapasse-o. Não se estacione!
Temos de seguir em frente, sem medo de vivenciar o Presente. Seu próprio nome já diz, o Presente é um presente. Aproveite cada milésimo de milésimo de segundo, sejam eles de luta ou de glória. O presente sempre serve para alguma coisa.
Temos de seguir em frente, sem medo do Futuro. Seu próprio nome já diz, o Futuro é sinônimo de o que há de se suceder depois do Presente. O Futuro é uma nova chance que nos é dada de presente. O Futuro é Agora.
O melhor jeito de mudar é ousar mudar ao lançar-se o desafio de superar ninguém menos do que a si mesmo, meu caro. Assuma os defeitos, não discuta tanto consigo.
Não podemos ser questões de vida ou morte para nós mesmos. Temos que ter urgência apenas em ter consciência de nossas próprias limitações, para que um dia possamos destruir a todas elas.
É proibido temer a si mesmo. As intuições não acontecem por acaso.
Tal como fome ou sede, transgredir é uma condição humana. Devemos ser humildes o suficiente para que possamos aceitar essa infinita necessidade de transgredir a nós mesmos. Essa incessável necessidade de mudar.
Aceitar e acreditar na possibilidade e no poder de melhora que uma mudança pode causar, seja ela boa ou ruim, já é não ficar parado.
A necessidade de querer ser algo melhor já é não ficar estagnado. Pode ser difícil no começo, mas um dia nos acostumamos. E quando começarmos a nos acostumar já era hora de mudar de novo. O Medo é uma defesa contra perigos, porém existem milhares de receitas contra as dificuldades da vida, sendo que nenhuma delas é comprovada. E dificuldade após dificuldade, desafio após desafio são coisas que nos transformam, nos mudam, nos melhoram.
Ficamos tanto tempo estagnados buscando uma direção ou um novo destino para nossas vidas que acabamos por esquecer do principal: seguir em frente.
O melhor jeito de mudar é encontrar uma nova direção e um novo destino todo o dia.
segunda-feira, 21 de março de 2011
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