segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Paraíso

Fecho os olhos.
Começo a procurar.
Eu não sei o que é. Nem como. Nem quando.
Tenho colocado todas as minhas expectativas na falta delas.
Espero um mundo diferente, sonho sempre com algo que acredito ser um certo tipo de paraíso, mas não tenho certeza sobre isso.
Eu apenas fecho meus olhos.
Tento imaginar.
Não consigo nem imaginar.
Procuro mais. Tenho medo, tenho coragem. Quero e num estalo de consciência já não quero mais.
Eu não sei o que quero. Não sei o que fazer comigo.
Abro os olhos.
Não sei como encarar a realidade. Ela não parece ser tão real assim.
Ela sempre pareceu tão distante de mim...
Estou com medo de não estar mais conseguindo sonhar. Porque, veja, isso nunca me aconteceu antes.
Abro os olhos e nada vejo.
Estou tão distante de tudo. Estou a apenas um passo de tudo aquilo que... Que sonhei?
Em que momento do sonho eu me tornei o pior dos meus pesadelos?


Transformei o paraíso em inferno?


Abro os olhos e percebo que transformei foi o inferno em paraíso.


Fecho os olhos e percebo que o paraíso não existe. Por enquanto.
Por enquanto...
Percebo que eu não existo.
Mas é mentira. Eu existo. Sendo assim, existe o inferno e o paraíso, cada um com sua beleza particular. Belíssimos estados de uma consciência elevada e abaixada, não necessariamente nessa ordem, ela varia de acordo com a estação.

Eles existem em mim.

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